terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Plantar Saltérios de Jesus e Maria

É bom, honroso e salvador distribuir Saltérios. As razões são evidentes por si. Quem poderá negar que é um bem dar esmolas, sobretudo espirituais, como esta?



A cada um foi confiado, em relação ao seu próximo, de esforçar-se em conduzi-lo até o bem maior: mas este vem com tais dons. Visto que o bem se difunde e comunica sozinho segundo São Tomás.

No Céu é reservada uma coroa para as obras de misericórdia corporal e o louvor na terra: e entre estas incluo os dons das coroas, feitas aos habitantes do lugar, visto que, aquilo que fizestes a um dos meus pequenos, fizestes também a mim, disse o Senhor e o mesmo dirá a Rainha Virgem Maria. Proponho como exemplo São Domingos, que foi um verdadeiro Pregador do Santo Evangelho e verdadeiramente como grande pensador, plantou muitíssimo este Saltério. Ele andava frequentemente com sacos cheios de Rosário para distribuí-los.


Os pregadores, os defensores, os divulgadores e os sustentadores do Saltério não devem ser privados do louvor a estes devido:

1. Estes são os maiores Anjos de Deus, que iluminaram com a luz os menores no Céu, para que fossem os primeiros no amor e na honra de Deus Criador. 

2. São como o bom Abel, aqueles que promovem o culto de Deus; são como Set, aqueles que invocam o nome de Senhor (Gen.4). 

3. São como Noé (Gen. 7), que salva do dilúvio dos pecados muitas almas na Arca da Fraternidade: de fato constróis, em sinal de paz, a Arca da aliança para os pecadores. Aqueles que são tentados, suplicam que a pomba vá em alto verso, com o ramo da oliveira da divina fé. 

4. São como Abrão, os que liberam os prisioneiros da mão de gente pecadora (Gen. 14). 

5. São como Isaac, os que escavam poços de água, de graça e de benção (Gen. 26). II. 

6. Estes constroem a escada do Céu, como Jacó (Gen. 28), com os quais os pecadores podem retornar a Deus. 

7. Esses semeiam com Jacó 124 (Gen. 26) os campos das graças e recolhem o alimento abundante nos silos. 

8. As boas graças e a fama daqueles se levantam, como os refúgios de José, (Gen. 37) e são tidas igualmente em admiração e em veneração pelos outros. 

9. Estes, como José no Egito (Gen. 41), são salvadores do mundo, por orar o Saltério. 

10. Estes, como Moisés, pastoreiam as ovelhas, fiéis entre as orações. Eles que produzem através da vara da penitência coisas maravilhosas e grandes com a conversão dos pecadores, e conversões mais santas. Eles infligem aos demônios muitas e graves feridas, para liberar da escravidão aqueles que são acorrentados pela culpa, para fazer descer do céu a mana da graça e da Eucaristia, para fazer sair da rocha as lágrimas da penitência, para conduzir os irmãos ao monte do celeste eterno repouso.

11. Eles são como Josué, que fez passar através do rio Jordão os irmãos sem se molhar. Com o tempo eles formam e renovam com o exemplo, com o mérito e com a palavra, os bons e maus ao culto de Deus. 

12. São como Samuel (1 Sam. 8), instrutores do povo e guias orientando para toda a dignidade da vida. 

13. São como David (1 Sam. 17) que abate, através da funda do Saltério, Golias de Satanás com as cinco puríssimas contas que intercalam as cinqüenta orações. 

14. São como Elias (1 Re 19), observante da Lei, buscando o fim dos rebeldes e a salvação daqueles que se arrependem. 

15. São como Eliseu, os que cumprem, em virtude do Saltério, muitas maravilhas. 

16. Como o orgulhoso Jeremias, que leva a corrente do Saltério no pescoço, para anunciar ao mesmo tempo aos culpados a iniqüidade e a penitência. 

17. Como Daniel que atravessou as Feridas de Cristo e ofereceu preces a Deus. 

18. Como Zorobabel que liberou muitíssimos da escravidão na Babilônia. 

19. Como Isaías que depois de ter orado e meditado assiduamente, contempla as fontes da doutrina, e prega a Encarnação e a paixão de Cristo. 

20. Como Esdras e Neemias, que reavivaram o fogo da Caridade soterrado e quase apagado; que restituíram a Lei abandonada e reedificaram o Templo de Jerusalém. 

21. Estes são os companheiros de Gabriel na Saudação Angélica, que anunciavam mais frequentemente ao mundo. 

22. São os Irmãos dos Anjos, que invocam a paz da Confraternidade aos homens de boa vontade, no divino louvor de Cristo, nascido do intacto ventre Virginal. 

23. Estes são os Discípulos imitadores e seguidores de Cristo: são os Apóstolos que entregam ao mundo o Evangelho da Saudação (Angélica) e da Oração (do Senhor). 

24. São os intercessores em favor das pessoas e dos doentes, visto que os conduzem a Cristo para que os cure. 

25. São os presentes na Transfiguração do Senhor, as testemunhas e pregadores da Agonia no local da Crucificação sobre o monte e a Ascensão. Encontrei e li essas coisas no Marial de João do Monte, pregador e inseparável companheiro na pregação feita por nosso Santo Padre Domingos.

Confraternidade de Maria


A associação dos servos da Virgem Maria no Saltério foi iniciada com os santos Pais, os quais por vontade de Deus conheceram o valor e a eficácia deste. Mas especialmente São Domingos ilustre Patriarca da Ordem dos Pregadores, mantido pela ajuda divina para a salvação de muitas almas, foi por Deus eleito e enviado ao mundo com sinais e milagres. Ele libertou da ruína a Confraternidade de Maria, que havia lentamente entrado em decadência, e depois de restaurá-la a tornou esplendente, tanto que o mundo Cristão se surpreendeu com a nova luz.

 O propósito desta Confraternidade consiste em três coisas:

1. Que os méritos das obras dos Santos sejam todos comuns, na vida eterna e na vida mortal e não apenas na participação comunitária, mas também naquela pessoal. 

2. Que irmãos e irmãs sejam habituados a orar diariamente, todo o Saltério da Virgem Maria. E se alguma vez alguém o omitir, é justo que este seja privado dos méritos por aquele dia ou por aqueles dias, mas somente no que diz respeito às orações com as Coroas. Se no dia seguinte retornar às orações, retornará na partilha dos méritos comuns aos mesmos. 

3. Que na Confraternidade não se admita nenhuma obrigação, de qualquer natureza, sob pena de afastamento ou de medo do pecado mortal.

Deve-se saber que existem dois gêneros de méritos da mesma. O primeiro vem somente do dever cumprido diariamente com o Saltério. E a omissão deste priva do mérito, como punição pelo dever não cumprido. O outro vem da prática e exercício das outras boas obras, como as orações, a meditação, a pregação, as coisas feitas, e os jejuns etc.

É melhor o Saltério rezado mentalmente e em voz alta, do que somente pelo segundo modo, porque traz um bem dobrado: pela ação do corpo e pelo esforço da mente o cansaço é maior. O exercício do Saltério pode levar a merecer mais a vida eterna, já que é plenamente voluntário e não ordenado por nenhum preceito da Igreja e bom por si mesmo, como exposto acima.


Um ditado de Agostinho: A oração mental pode ser válida sem voz, mas a oração vocal não é em nenhum modo merecedora de reconhecimento, sem uma mente devota. 


Rezar o Saltério como penitência ou defendê-lo, é como orar. Santo Agostinho disse: Cada boa obra é uma oração, e é verdadeiramente assim.



Aqueles que divulgam os escritos do Saltério também têm grande mérito. Esses são como os guardiões, aos quais são confiados os vasos da doutrina do Espírito Santo.

Divulgação dos escritos do Saltério:

“Saltério de Jesus e de Maria: gênese, história e revelação do Santíssimo Rosário”, pelo Beato Alano da Rocha O.P. (1464 d.C.)


A EFICÁCIA MARAVILHOSA DO SANTO ROSÁRIO

O SEGREDO DO ROSÁRIO

ROSÁRIO EM LATIM


Esta é a verdadeira Confraternidade da caridade, e uma benção do Onipotente. 

Não basta fazer parte de um grupo de pessoas que faz o bem, deve-se participar, porque quem não faz nada não terá os mesmos méritos dos outros. Por isso nem sempre os méritos de cada um são comuns a todos. 

 As coisas espirituais são diferentes dos bens e das riquezas materiais, pois as materiais diminuem com o uso: mas aquelas espirituais, com a mais ampla participação possível, aumentam o acúmulo dos méritos àquele que trabalha. Assim, por quanto mais tempo e mais cuidado ensinas aos outros, mais brilhante é em ti a ciência. Em conseqüência é verdade em algumas situações as palavras do Senhor, dai e vos será dado (Lc. 6), e: receberás cem vezes mais e possuirás a vida eterna (Mt.).

Deus só quis e quer ser louvado, adorado, pregado, não só no sentimento escondido, mas também publicamente em palavras, e em obras.

As obras do mesmo Deus que são perfeitas e manifestas; a caridade e o bem que se multiplica em vantagem do próximo, não devem ser ofuscadas e abandonadas no esconderijo de uma mente; quem age bem, ama a luz e a mesma luz é odiada por quem age mal. 

Escuta o Senhor: Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras boas e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus (Mt. 5).

Olha a Igreja, eis, essa tem os Apóstolos, os Profetas, os Mártires, os Confessores, as Virgens, os Prelados, os Religiosos etc. os quais são assim na mente, de fato e em obra. O motivo é evidente. O homem não é feito somente de espírito, mas também de corpo: como também é necessário que as obras dos homens sejam tanto espirituais, quanto materiais. Como vemos também nas mesmas instituições dos Sacramentos. Desaventurado o homem solitário, se ele cair não há ninguém para o levantar (Ecs. 4), e: o irmão, que é ajudado pelo irmão é quase uma cidade segura (Prov. 18). Certamente de fato: um cordel triplicado não se rompe facilmente (Ecs. 4). Confies então nos teus méritos e goste de ti mesmo, porque o justo na dificuldade se salvará (1Pd. 4).

Virgem Maria revelou a um devoto: Eu obtive do meu Filho, que todos nesta Confraternidade pudessem ter entre os seus irmãos toda a cúria celeste, na vida e na morte, onde terão juntos aos Santos a Comunhão de todos os méritos, como se os mesmos Beatos tivessem nesta vida mortal uma só e mesma Confraternidade. Ele se maravilhou, não acreditando nas palavras ditas. E ela disse a ele: Porque não acreditas que esses têm o mesmo valor, quando os meus Salmodiantes fazem no mundo aquilo que os meus Beatos fazem no Céu? São Gregório relata que fazem parte das Classes dos anjos, os homens que realizaram ações sagradas durante a vida. 

O Saltério de Jesus e Maria deve ser pregado e ensinado pessoal e publicamente

Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura. 



O Saltério da Beata Virgem Maria é o Evangelho: e por isso deve ser pregado a cada criatura, de cada estado da Igreja, por parte daqueles aos quais o oficio impõe a necessidade de pregar. O dever do Saltério não contrasta com o Evangelho, ao contrário, é pela maior glória deste, e aquela repetição tão santa e saudante recebe o mérito.

Além disso, sendo um dever pregar pela edificação e a salvação dos Fiéis, o que pode ser reunido de mais útil com esse Saltério, do que as orações? É evidente que foi oferecido ao mundo com suma utilidade e salvação.

Confrontamos alternativamente a atividade das Pregações e o empenho do Saltério. Visto que a oração serve como medicina das almas.

Com o maior zelo possível deve pregar quem deseja ser de Deus, e quem deseja que Deus seja honrado e adorado.

A oração, sendo o principal instrumento da Igreja, é dada por Deus a todos os fiéis, para obter o bem e para afastar o mal. 

É uma das partes do sacramento de penitência, aquela que concerne à satisfação; e o povo Cristão, vendo sumamente necessidade de ambas as coisas, tem a necessidade que os pregadores o exortem a orar para Deus.

Na verdade o Saltério é uma forma de orar, que contém, ensina e repete aquela Oração, a única que Jesus ensinou, a Saudação que recebemos do Céu. Jesus recebeu tudo somente de Deus, nada do homem, nada de outro lugar. 

O resultado então do Saltério é que se converta o mundo inclinado ao pecado. 

Jesus concedendo, a Mãe de Jesus intercedendo, os Salmodiantes cooperando, e os Pregadores sendo mais solícitos do que ostentadores. 

Sabemos por muitos testemunhos, que em muitas nações isso aconteceu: e nós mesmos pela experiência, vimos e ouvimos que muitos Pastores, depois de terem descoberto isso, o mencionam com alegria. 

Se os pais habituassem, os seus filhos ao exercício do Saltério, quanto estes seriam dóceis em tudo e capazes de esperar? De quantas bênçãos de Deus se enriqueceria a casa e a própria descendência?

Se os pais e as mães de família estimulassem os seus servos por a essa devoção, seriam servidos por pessoas mais obsequiosas e fiéis. 

Os confessores fariam algo são e saudável se persuadissem os seus penitentes ao exercício do Saltério, ou os levassem a encontrar uma posterior satisfação na penitência, não por obrigação, mas por devoção, para o acúmulo de méritos. Coisa que para São Domingos era normal, habitual e gerava uma extraordinária conquista de almas. 

Apóia-te, serve-te e te satisfaças do Saltério. Ocupa lugares seguros aquele que se arrisca em coisas altas. 

É ilustre na humildade, brilhante na obscuridade, aquele que exalta as coisas humildes e torna luminosas as coisas obscuras.

Orar o Saltério parecerá uma coisa obscura e humilde, mas aos sábios em si mesmos, não a Deus: quem do mesmo modo exalta as coisas humildes humilha as coisas altas. 

Este é o Saltério, que ama quem o ore não com as palavras dotadas pela sabedoria humana, mas pela presença do Espírito e da virtude. Creia, o Saltério é cheio de grandes promessas e riquezas de exemplos.

A gloriosa Virgem Maria, amiga da verdade, revelou: Que a Angélica Saudação esteve sempre na mesma reverência e desde o início da Igreja Cristã. Ela ensinava: os Apóstolos aprenderam a conhecer o valor da Anunciação do Senhor, recebendo o Espírito Santo, muito mais claramente que todos aqueles que vieram depois; ao mesmo tempo, também reconheceu ter recebido as primícias do espírito através dela. Certamente foram mais próximos às fontes da verdade e da luz. 

Acrescento: eu também soube que a Santa dos Santos, a Mãe de Deus, foi o segundo motivo das sagradas realidades no Novo Testamento, sendo o Filho o primeiro motivo. Essas coisas fazem entender claramente, que os Apóstolos não teriam tido nenhum dos dons da graça, se não por intercessão da Virgem Maria. E acrescentava Maria: os Apóstolos usavam essa oração, isto é, ambas, aquela do Senhor e a Angélica Saudação, mesmo quando ela ainda estava sobre a terra. Esses anunciavam à Maria que ela estava próxima à graça, à futura glória e à divina providência, assim como a Beata Maria teve a idéia que existia em Deus a eternidade. Esta é a razão do mundo restaurado. Dizia também que a Virgem Maria, sabendo o valor da Anunciação do Senhor, o rezava mais devotamente. Maria honrava o ser humano e o ser divino segundo a Graça e a Glória. Dizia também que o Senhor Jesus, enquanto homem orava frequentemente desta forma, não porque tivesse necessidade, mas porque queria ensinar. Do mesmo modo disse: os Anjos e os Santos nos céus, com o espírito e não com a palavra, também oferecem à Mãe de Deus aquela Saudação. Sabem, de fato, que será através da Saudação, que o engano dos anjos foi vencido e o mundo renovado.

Saltério de Jesus e Maria com a intenção


1.Orar diretamente a Cristo. E assim as primeiras cinquenta orações são feitas em honra de Cristo encarnado. As cinquenta orações sucessivas, em honra de Cristo sofredor. As últimas cinquenta orações em honra de Cristo que ressurge, sobe aos céus, manda o Espírito Santo, senta a direita do Pai e virá no juízo final.


2.Orientar a intenção de acordo com as virtudes. Assim para manter a Fé, pronunciar uma só Ave ou uma dezena, igualmente para a esperança, etc. Igualmente em ordem os pecados a serem afastados.

3.Recitar a oração pelo próximo, como a Igreja, o Papa, o Clero, os pais, etc. Igualmente, também pelos inimigos vivos e mortos. Também orando pelas autoridades humanas, como o Pontificado, o Sacerdócio, o Exército, os Juízes etc.



As indulgências que se conquistam com o Saltério de Jesus e Maria


O Pontífice João XXII concedeu a Indulgência de vinte e quatro anos, trinta e quatro semanas e um dia, àqueles que oram o Saltério de Maria, e estabeleceu que este seja composto por cento e cinqüenta (150) Saudações Angélicas.

Concede também sessenta dias a quem acrescenta as palavras de Jesus Cristo à cláusula de cada Saudação. Então por cento e cinqüenta vezes, são sessenta dias de Indulgência adicionados aos mesmos dias, obtendo um imenso número.

Àqueles que oram se recomenda enunciar uma intenção para merecer as Indulgências, de esforçar-se para estar em estado de graças, de observar inteiramente o empenho da obra como prescrito pelo Pontífice, ou seja, cento e cinquenta Saudações Angélicas, e deste modo esperar piamente.

Mais Indulgências do Rosário:
a) Os fiéis quando recitarem a terça parte do Rosário com devoção podem lucrar:         

Uma indulgência de 5 anos (Bula "Ea quae ex fidelium", Sixto IV, 12 de maio 1479 ; S. C. Ind., 29 de agosto 1899 ; S. P. Ap., 18 de março 1932).  

Uma indulgência plenária nas condições usuais, se eles rezarem [o terço] durante o mês inteiro(Pio XII , 22 de janeiro 1952.)

b) Se rezarem a terça parte do Rosário em companhia de outros, uma indulgência de 10 anos, uma vez ao dia; uma indulgência plenária no ultimo Domingo de cada mês, juntamente com confissão, Comunhão e visita a uma igreja ou oratório público, se realizarem tal recitação ao mês três vezes em alguma das semanas precedentes, seja em público ou privado, podem lucrar: 

 Se, de qualquer forma, rezarem juntos em família, além da indulgência parcial de 10 anos, lhes é concedido: 
Uma indulgência plenária duas vezes ao mês, se realizarem a recitação diariamente durante um mês, forem à confissão, receberem a Santa Comunhão e visitarem alguma igreja ou oratório. (S. C. Ind., 12 de maio de 1851 e 29 agosto de 1899; S. P. Ap., 18 de março de 1932 e 26 de julho de 1946). 
• Os fiéis que diariamente recitam a terça parte do Rosário com devoção em um grupo familiar além das indulgências concedidas em b) também lhes é concedida uma Indulgência Plenária sob condição de Confissão, Comunhão a cada Sábado, em dois outros dias da semana  e em cada uma das Festas da Beatíssima Virgem Maria no Calendário Universal, nomeadamente – A Imaculada Conceição, a Purificação, a Aparição da Beata Senhora em Lourdes, a Anunciação, as Sete Dores (sexta-feira da semana da paixão), a Visitação, Nossa Senhora do Carmo; Nossa Senhora das Neves, a Assunção, o Imaculado Coração de Maria, a Natividade da Santíssima Virgem, as Sete Dores (15 de setembro), Nossa Senhora do Sacratíssimo Rosário, a Maternidade da Beata Virgem Maria, a Apresentação da Beata Virgem Maria (S.P. Ap. 11 de outubro d e 1959) 

• c) Aqueles que piamente recitarem a terça parte do Rosário na presença do Santíssimo Sacramento, Uma indulgência plenária, sob condição de confissão e Comunhão (B. Apostólico, 4 de setembro de 1927) , publicamente exposto ou mesmo reservado no tabernáculo, nas vezes que o fizerem, poderão lucrar: 

Notas: 1.  As dezenas podem ser separadas se o terço todo for completado no mesmo dia (S. C. Iml.., 8 de julho de 1908.) 2.  Se, como é o costume durante a recitação do Rosário, os fiéis fizeram uso do terço, eles podem lucrar outras indulgências em adição àquelas enumeradas acima, se o terço for abençoado por um religioso da Ordem dos Pregadores ou outro padre tendo faculdades especiais. (S. C. Ind., 13 de abril de 1726. 22 de Janeiro de 1858 e 29 de Agosto de 1899). 

Exercícios de Devoção 
 Os fiéis que a qualquer tempo do ano devotamente oferecerem suas orações em honra a Nossa Senhora do Rosário, com a intenção de continuar as mesmas por nove dias consecutivos, podem lucrar:  
Uma indulgência de 5 anos uma vez a qualquer dia da novena;   
Uma indulgência plenária sob as condições usuais no encerramento da novena.  (Pio IX, Audiência de  3 de Janeiro de 1849; S. C. dos Bispos e Religiosos, 28 de Janeiro de 1850; S. C. Ind., 26 de novembro de 1876; S. P. Ap., 29 de junho de 1932) V Raccolta 396 

Os fiéis que resolverem realizar um exercício de devoção em honra a Nossa Senhora do Rosário por quinze ininterruptos Sábados (ou sendo impedidos, por quantos respectivos Domingos imediatamente seguintes), se devotamente recitarem no mínimo a terça parte do Rosário ou meditarem seus mistérios em alguma outra maneira, podem lucrar:  
Uma indulgência plenária sob as condições usuais, em qualquer destes quinze Sábados ou Domingos correspondentes (S. C. Ind., 21 de setembro de 1889 e 17 de setembro de 1892; S. P. Ap.. 3 de agosto de 1936). 

Os fiéis que durante o mês de Outubro recitarem no mínimo a terça parte do Rosário, publica ou privadamente, podem lucrar:

•  Uma indulgência de 7 anos por dia
Uma indulgência plenária, se realizarem este devoto exercício na Festa do Rosário e em sua Oitava, e além disso, forem à confissão, receberem a Santa Comunhão e visitarem uma igreja ou oratório público;   
Uma indulgência plenária, juntamente com confissão, Santa Comunhão e visita a uma igreja ou oratório público, se realizarem a mesma recitação do Santo Rosário por no mínimo dez dias depois da Oitava da supracitada Festa (S. C. Ind.,  23 de Julho de 1898 e 29 de Agosto de 1899; S. P. Ap., 18 de Março de 1932).
Uma indulgência de 500 dias pode ser lucrada uma vez ao dia pelos fiéis que, beijando o Santo Rosário que carregam consigo, ao mesmo tempo recitarem a primeira parte da Ave Maria até “Jesus”, inclusive. (Sagrada Congregação da Penitenciária Apostólica. 30 de março de 1953).

O fruto do Saltério.

A misericordiosa Trindade concede a justiça através do Saltério da Virgem justíssima, segundo o qual dê e vos será dado. Se então cada dia oferecermos quinze Rosas às divinas excelências, existe a esperança de recolher igual prêmio e fruto, segundo a palavra de Cristo: Recebereis cem vezes mais. Chamo Rosas, as sagradas palavras da Saudação, porque retornam ao evento apresentado e conduzido ao fim, e são orientadas, com o devido respeito, ao Saltério coronário de cento e cinquenta contas pronunciadas e oferecidas a Deus através de Maria, Advogada Santíssima, Rainha de todos os Santos.


1. Ave: sem culpa, o fruto é libertado da culpa do pecado. 

2. Maria: Aquela que dá luz e é iluminada, oferece o fruto que dá a luz à mente

3. Gratia (de graça): ela mereceu com Cristo, o fruto da graça divina. 

4. Plena: ela é rica de bens celestes. 

5. Dominus (o Senhor): ela obteve o poder de dominar os inimigos. 

6. Tecum (contigo): ela orientou a alma ao centro da Santíssima Trindade e ao templo de Deus. 

7. Benedicta (bendita): ela dá uma benção especial com dons espirituais. 

8. Tu: ela mostrou a extraordinária Dignidade da Mãe de Deus, para que mereçamos um dia a proteção dela. 

9. In Mulieribus (entre as mulheres): ela obtém para nós a misericórdia. 

10. Et Benedictus (e bendito): envia a benção sobre as nossas orações. 

11. Fructus (Fruto): ela reúne os bens do Espírito Santo. 

12. Ventris (do ventre): ajuda e protege a castidade. 

13. Tui (teu): aquele que ora se consagra à Virgem Mãe. 

14. Jesus: o Salvador. 

15. Cristus (Cristo): o Ungido: ela é merecedora da fé dos Santíssimos Sacramentos de Cristo, e somente nela estes são santos, conforme a escritura. 

Se tu também desses cento e cinqüenta pequeníssimos dons a qualquer honesta mãe de família, serias tido como digno da honra e do favor da mesma: quantas coisas mais celestiais dará a Mãe de Deus aos seus salmodiantes?



A Revelação dada pela Mãe de Deus.

É segura a dignidade e a verdade do Saltério da Virgem Maria.

A favor do Saltério Angélico: no que supera o Saltério de David: 

1. O Angélico foi o fim e o momento culminante daquele. O fim é mais ilustre pelas coisas que se aproximam à plenitude. 

2. Pela perfeição do resultado, que foi o Verbo feito carne. 

3. Pela graça do tempo: de fato o início do Novo Testamento, que em relação ao Antigo é extraordinariamente excepcional, é a superioridade de um homem vivo em relação a um desenhado. Então o Antigo Testamento foi a pintura e a configuração do novo. 

4. Pela eficiência, a SS. Trindade criou o Angélico, o Arcanjo o levou à Maria, Isabel o enriqueceu e a Igreja o completou. O Saltério de David foi composto por um pecador e confiado à Sinagoga. 

5. O presente Saltério prepara para a verdade, o de David em relação ao futuro. 

6. Esse foi um pacto na sombra, aquele na luz. 

7. Pelo resultado, o Saltério de Maria é o cumprimento e a perfeição do Saltério de David: este seria inútil sem aquele. 

8. Pelo êxito conduz ao Céu, ao invés, o de David transportava ao Inferno ou ao Limbo. 

9. Pela eficácia: visto que através do Angélico advém a Paz Universal. 

10. Pelo ocorrido: porque Jesus e Maria obtiveram coisas mais divinas com o Angélico, que com o outro: certamente Cristo se torna Homem Deus e a Virgem Maria se torna Mãe de Deus, aos quais Deus não podia fazer mais. Estas razões que são apropriadas também para Jesus e Maria, para que as orações diante das coroas sejam a eles tanto mais agradáveis e tenham um valor maior para persuadi-los, visto que o preço mais divino está dentro deles.

Direis não a palavra Angélica da Anunciação, mas aquela do consenso da Virgem: Eis a Serva do Senhor que seja feita a vossa vontade, essa cumpriu o evento de forma que o real cumprimento fosse conseqüência. Respondo: na Saudação Angélica dois são os itens aos quais dar atenção:


1. As simples palavras e os sons da voz: e assim não foram eficazes aquelas do Anjo e sim aquelas de Maria. 

2. A disposição das palavras de Deus e de todo o Céu, que estava nas palavras da Anunciação, tinha como objetivo encarnar o Verbo e fecundar a Mãe de Deus: e essa conseguiu o intento. 


Fez-se presente a palavra da Virgem, visto que ela não se contrapôs a intenção de Deus, de modo que a Encarnação foi o resultado da Anunciação. Com este mesmo sentimento e nesta forma a Igreja fez a sua Anunciação, quando celebra a sua festa anual, honrando de novo um evento querido e realizado, mais do que as palavras, as quais foram o meio e o instrumento do fato. 





A gênese e a história do Saltério de Jesus e Maria

A Santíssima Trindade criou a Saudação Angélica, o Arcanjo Gabriel a ofereceu à Divina Virgem, Santa Isabel a aumentou e a Igreja aperfeiçoou. Cristo ensinou aos Discípulos a Oração do Senhor, e através destes a prescreveu a toda a Igreja (Mt. 6.2). 


Desde então conta que o Apóstolo São Bartolomeu tenha rezado, ajoelhado por cem vezes durante o dia e cem vezes durante a noite. Neste número estão presentes quatro grupos de cinqüenta, dos quais três, rezados neste modo, constituem o Saltério de Jesus Cristo, sendo composto por cento e cinqüenta Orações do Senhor; assim predispôs aquele Saltério de tantas outras Saudações Angélicas referidas à Maria. Mas o Apóstolo acrescentou um quarto grupo de cinqüenta orações por devoção, conhecida a ele e a Deus. 

Foi divinamente revelado àqueles que oram que, se queriam ser liberados das tentações e ser defendidos destas, deveriam criar uma familiaridade muito fervorosa com o Saltério de Jesus e de Maria, que há muito tempo tinha se atenuado em meio ao povo cristão, e o utilizassem com muita regularidade.

São Bernardo, Esposo especial de Maria, propagou com maravilhoso zelo e ilustrou com exemplo este mesmo Saltério, e o dispôs segundo o número e o significado dos Salmos de David. Ele foi para o homem de Deus de grande ajuda e de grande santidade de vida, que o mundo viu, o Inferno invejou e hoje a Igreja venera.

 Depois dele São Domingos, antes Guia e Pai ilustre da Sagrada Ordem dos Pregadores, desde a mais jovem idade foi devoto desta oração a Cristo e à Mãe de Deus. Pregava assiduamente o Saltério, meditava e o levava junto a si durante a idade mais avançada. Além dos outros exercícios da sua Ordem e da pregação, utilizou constantemente durante a recitação do Saltério, que repetia cada dia ao menos três vezes, uma penitência aplicada a si mesmo com uma corrente de ferro. Diz-se que freqüentemente cumpria, pregando daquele modo, oito ou até dez Saltérios por dia. Ele é o famoso Apóstolo do Saltério, em relação ao qual a amável Virgem de Deus em mais de uma Revelação, deu o mandato e a ordem de pregar e realmente pregou e levou o Rosário por toda a Espanha, Itália e Alemanha. Pregou e difundiu publicamente os Saltérios a ricos, pobres e à gente comum, para que junto ao exercício deste se praticasse a Religião Cristã, se acendesse a piedade, se difundisse a Igreja. E assim conseguiu muitos frutos. Com igual zelo, a sua Ordem utilizou o Saltério em comunidade, recomendou de pregá-lo ao povo, segundo o exemplo e o ensinamento de tão grande Patriarca, e por muito tempo permaneceu na Ordem esta oração de intercessão. Durante muito tempo esta Ordem floresceu em ciência, virtude e milagres. Depois vieram flores maravilhosas, como Alberto Magno, São Vicente e... de que forma enumerar as enumeráveis flores?

São Francisco, Patriarca humildíssimo dos Frades Menores que levou os sinais dos estigmas de Cristo, pregou este Saltério e experimentou coisas nunca vistas antes, sobre si mesmo e sobre a sua Santa Ordem. E deixou à Ordem esta prova de particular devoção. 

Muitíssimos outros santos e santas com zelo recitaram e pregaram três vezes por dia este Saltério e em muitos conventos recitavam a oração do Saltério no lugar das Horas Canônicas.
Vésperas de Domingo 

Completas em Latim

O rito então é antiguíssimo, com grande louvor e honra na Igreja.

Saltério de Jesus e Maria e os Salmodiantes

Por que esta oração de socorro é chamada de Saltério de Jesus e Maria?


1. O nome Saltério origina-se da palavra salmo, e aqueles que através deste servem Deus e a Virgem Maria se chamam Salmodiantes. Esse deriva do Saltério de David, que foi um anúncio da Saudação Angélica. Os Cânticos da velha aliança, segundo Santo Ambrosio, anunciam a Nova Aliança.

2. Para alguns este deriva do sal da divina Sabedoria, visto que a Oração do Senhor e a Saudação Angélica são, de certo modo, as duas salinas da Sabedoria de Deus, com as quais as mentes dos fiéis são banhadas de sal.

3. Outros pensam que este derive do Órgão que os hebreus chamam Nablum, instrumento musical composto por cento e cinqüenta tubos, com os quais normalmente se cantavam os Salmos de David.

4. Ao mesmo tempo, etimológica e teologicamente, o Saltério traz dez grandes resultados, que os devotos Salmodiantes recebem de Cristo e da Virgem Maria. Realmente:
P. aos pecadores assegura o arrependimento.
S. aos sedentos dá água e sacia.
A. aos prisioneiros leva a libertação.
L. a quem chora dá a alegria.
T. a quem está na tentação concede tranqüilidade.
É. a quem está na necessidade, dá abundancia.
R. aos religiosos leva a renovação. I. aos inexperientes concede a experiência.
V. aos vivos faz vencer a solidão.
M. aos mortos concede misericórdia através do socorro.



O Saltério é uma palavra divina, bíblica tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.


Por que o Saltério é composto de quinze Orações do Senhor?

Na visão tida por São Bernardo, a divina revelação o explicou: aquele que cada dia, por um ano inteiro, rezar quinze Pater Noster, igualará o número das feridas da Paixão de Cristo. As quais todos os Cristãos devem honrar sumamente e adorar.


De fato na Paixão do Senhor são quinze as principais dores que os Cristãos devem contemplar com veneração: 
1. A Ceia dolorosa. 
2. A captura penosa. 
3. O vergonhoso tapa na casa de Anna. 
4. O sarcasmo e a condenação na odiosa casa de Caifás. 
5. O arrastar Cristo em meio aos gritos da multidão até Pilatos. 
6. A injuriosa ironia de Erodes em relação a Cristo. 
7. O flagelo sanguinário de Cristo. 
8. A coroa de espinhos. 
9. A blasfêmia dos soldados. 
10. A condenação vergonhosa. 
11. O fardo da Cruz. 
12. A crucificação dolorosa. 
13. O colóquio virtuoso de Cristo na Cruz. 
14. A comovente morte de Jesus. 
15. A sepultura gloriosa do Senhor.

Na verdade estas dores são, cada uma, de tão grande valor que, como o Senhor Jesus revelou algumas vezes a São Bernardino e à Santa Brigite, cada uma destas supera grandemente todo o valor do mundo inteiro e do universo criado. Por isso é justo e sagrado que os cristãos recordem e venerem estas dores nas quinze Orações do Senhor no Saltério. Do momento em que: Esta oração foi confiada aos Apóstolos pelo Senhor Jesus (Mt.6).

Por que no Saltério de Cristo e de Maria existem cento e cinqüenta Saudações Angélicas? 


O Saltério corresponde ao mesmo número de Salmos. Por isso o povo fiel a este número bíblico, que é cheio de significado, se conforma à devota Igreja. Seguem 3 razões de muitas outras:

Razão profética: visto que Cristo e a gloriosa Maria são profetizados no Saltério de David com tantas virtudes famosas e excelentes, sempre exaltadas pelos Santíssimos Pais da Igreja, tantas outras são aquelas a serem veneradas com as Saudações Angélicas.


Razão Mística: este número está de acordo com o mistério das “cento e cinqüenta”, seja em relação à construção da Arca, seja em relação ao Tabernáculo de Moisés, seja do Templo de Salomão, seja em relação à visão de Ezequiel, para a qual o novo número e a forma de Templo foram delineados a ele pela divina revelação. Todavia o número em si traz à mente um número igual, como mesmo o sacro faz imaginar uma coisa sacra, o bíblico uma coisa bíblica. Então no Saltério de Jesus e de Maria o número traz em si a realidade representada no Saltério de David.


A Razão Moral: as quinze principais virtudes cristas são estas: as três virtudes teologais: Fé,  Esperança, Caridade; as sete excelentes virtudes: Humildade, Generosidade, Castidade, Amabilidade, Abstinência, Paciência e Devoção. As quatro virtudes cardeais: Prudência, Justiça, Temperança, Força: esta última é acompanhada pela Abstinência. As duas que restam são: Religião e Penitência. É necessário que todas as outras virtudes de cada realidade criada sejam reconduzidas às estrelas, assim como essas se reconduzem à observância dos dez Mandamentos de Deus. Então se multiplicas quinze por dez, e encontrarás em qualquer cristão cento e cinqüenta disposições morais absolutamente necessárias. Todos os bens estão no alto, e é necessário que devotamente se insista no mesmo número de Saudações para Deus e para a Mãe de Deus, não só para os bens a obter de Deus, mas também para evitar os males.

Através dela se satisfez Deus em mandar a salvação e o Salvador e através da mesma concede gentilmente a chuva saudável das graças.

Fonte:
http://www.beatoalano.it/pdf/libro_tradotto/PSALTERIUM_ALANUS_DE_RUPE-Portugu%C3%AAs.pdf