terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Confraternidade de Maria


A associação dos servos da Virgem Maria no Saltério foi iniciada com os santos Pais, os quais por vontade de Deus conheceram o valor e a eficácia deste. Mas especialmente São Domingos ilustre Patriarca da Ordem dos Pregadores, mantido pela ajuda divina para a salvação de muitas almas, foi por Deus eleito e enviado ao mundo com sinais e milagres. Ele libertou da ruína a Confraternidade de Maria, que havia lentamente entrado em decadência, e depois de restaurá-la a tornou esplendente, tanto que o mundo Cristão se surpreendeu com a nova luz.

 O propósito desta Confraternidade consiste em três coisas:

1. Que os méritos das obras dos Santos sejam todos comuns, na vida eterna e na vida mortal e não apenas na participação comunitária, mas também naquela pessoal. 

2. Que irmãos e irmãs sejam habituados a orar diariamente, todo o Saltério da Virgem Maria. E se alguma vez alguém o omitir, é justo que este seja privado dos méritos por aquele dia ou por aqueles dias, mas somente no que diz respeito às orações com as Coroas. Se no dia seguinte retornar às orações, retornará na partilha dos méritos comuns aos mesmos. 

3. Que na Confraternidade não se admita nenhuma obrigação, de qualquer natureza, sob pena de afastamento ou de medo do pecado mortal.

Deve-se saber que existem dois gêneros de méritos da mesma. O primeiro vem somente do dever cumprido diariamente com o Saltério. E a omissão deste priva do mérito, como punição pelo dever não cumprido. O outro vem da prática e exercício das outras boas obras, como as orações, a meditação, a pregação, as coisas feitas, e os jejuns etc.

É melhor o Saltério rezado mentalmente e em voz alta, do que somente pelo segundo modo, porque traz um bem dobrado: pela ação do corpo e pelo esforço da mente o cansaço é maior. O exercício do Saltério pode levar a merecer mais a vida eterna, já que é plenamente voluntário e não ordenado por nenhum preceito da Igreja e bom por si mesmo, como exposto acima.


Um ditado de Agostinho: A oração mental pode ser válida sem voz, mas a oração vocal não é em nenhum modo merecedora de reconhecimento, sem uma mente devota. 


Rezar o Saltério como penitência ou defendê-lo, é como orar. Santo Agostinho disse: Cada boa obra é uma oração, e é verdadeiramente assim.



Aqueles que divulgam os escritos do Saltério também têm grande mérito. Esses são como os guardiões, aos quais são confiados os vasos da doutrina do Espírito Santo.

Divulgação dos escritos do Saltério:

“Saltério de Jesus e de Maria: gênese, história e revelação do Santíssimo Rosário”, pelo Beato Alano da Rocha O.P. (1464 d.C.)


A EFICÁCIA MARAVILHOSA DO SANTO ROSÁRIO

O SEGREDO DO ROSÁRIO

ROSÁRIO EM LATIM


Esta é a verdadeira Confraternidade da caridade, e uma benção do Onipotente. 

Não basta fazer parte de um grupo de pessoas que faz o bem, deve-se participar, porque quem não faz nada não terá os mesmos méritos dos outros. Por isso nem sempre os méritos de cada um são comuns a todos. 

 As coisas espirituais são diferentes dos bens e das riquezas materiais, pois as materiais diminuem com o uso: mas aquelas espirituais, com a mais ampla participação possível, aumentam o acúmulo dos méritos àquele que trabalha. Assim, por quanto mais tempo e mais cuidado ensinas aos outros, mais brilhante é em ti a ciência. Em conseqüência é verdade em algumas situações as palavras do Senhor, dai e vos será dado (Lc. 6), e: receberás cem vezes mais e possuirás a vida eterna (Mt.).

Deus só quis e quer ser louvado, adorado, pregado, não só no sentimento escondido, mas também publicamente em palavras, e em obras.

As obras do mesmo Deus que são perfeitas e manifestas; a caridade e o bem que se multiplica em vantagem do próximo, não devem ser ofuscadas e abandonadas no esconderijo de uma mente; quem age bem, ama a luz e a mesma luz é odiada por quem age mal. 

Escuta o Senhor: Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras boas e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus (Mt. 5).

Olha a Igreja, eis, essa tem os Apóstolos, os Profetas, os Mártires, os Confessores, as Virgens, os Prelados, os Religiosos etc. os quais são assim na mente, de fato e em obra. O motivo é evidente. O homem não é feito somente de espírito, mas também de corpo: como também é necessário que as obras dos homens sejam tanto espirituais, quanto materiais. Como vemos também nas mesmas instituições dos Sacramentos. Desaventurado o homem solitário, se ele cair não há ninguém para o levantar (Ecs. 4), e: o irmão, que é ajudado pelo irmão é quase uma cidade segura (Prov. 18). Certamente de fato: um cordel triplicado não se rompe facilmente (Ecs. 4). Confies então nos teus méritos e goste de ti mesmo, porque o justo na dificuldade se salvará (1Pd. 4).

Virgem Maria revelou a um devoto: Eu obtive do meu Filho, que todos nesta Confraternidade pudessem ter entre os seus irmãos toda a cúria celeste, na vida e na morte, onde terão juntos aos Santos a Comunhão de todos os méritos, como se os mesmos Beatos tivessem nesta vida mortal uma só e mesma Confraternidade. Ele se maravilhou, não acreditando nas palavras ditas. E ela disse a ele: Porque não acreditas que esses têm o mesmo valor, quando os meus Salmodiantes fazem no mundo aquilo que os meus Beatos fazem no Céu? São Gregório relata que fazem parte das Classes dos anjos, os homens que realizaram ações sagradas durante a vida. 

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