terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A gênese e a história do Saltério de Jesus e Maria

A Santíssima Trindade criou a Saudação Angélica, o Arcanjo Gabriel a ofereceu à Divina Virgem, Santa Isabel a aumentou e a Igreja aperfeiçoou. Cristo ensinou aos Discípulos a Oração do Senhor, e através destes a prescreveu a toda a Igreja (Mt. 6.2). 


Desde então conta que o Apóstolo São Bartolomeu tenha rezado, ajoelhado por cem vezes durante o dia e cem vezes durante a noite. Neste número estão presentes quatro grupos de cinqüenta, dos quais três, rezados neste modo, constituem o Saltério de Jesus Cristo, sendo composto por cento e cinqüenta Orações do Senhor; assim predispôs aquele Saltério de tantas outras Saudações Angélicas referidas à Maria. Mas o Apóstolo acrescentou um quarto grupo de cinqüenta orações por devoção, conhecida a ele e a Deus. 

Foi divinamente revelado àqueles que oram que, se queriam ser liberados das tentações e ser defendidos destas, deveriam criar uma familiaridade muito fervorosa com o Saltério de Jesus e de Maria, que há muito tempo tinha se atenuado em meio ao povo cristão, e o utilizassem com muita regularidade.

São Bernardo, Esposo especial de Maria, propagou com maravilhoso zelo e ilustrou com exemplo este mesmo Saltério, e o dispôs segundo o número e o significado dos Salmos de David. Ele foi para o homem de Deus de grande ajuda e de grande santidade de vida, que o mundo viu, o Inferno invejou e hoje a Igreja venera.

 Depois dele São Domingos, antes Guia e Pai ilustre da Sagrada Ordem dos Pregadores, desde a mais jovem idade foi devoto desta oração a Cristo e à Mãe de Deus. Pregava assiduamente o Saltério, meditava e o levava junto a si durante a idade mais avançada. Além dos outros exercícios da sua Ordem e da pregação, utilizou constantemente durante a recitação do Saltério, que repetia cada dia ao menos três vezes, uma penitência aplicada a si mesmo com uma corrente de ferro. Diz-se que freqüentemente cumpria, pregando daquele modo, oito ou até dez Saltérios por dia. Ele é o famoso Apóstolo do Saltério, em relação ao qual a amável Virgem de Deus em mais de uma Revelação, deu o mandato e a ordem de pregar e realmente pregou e levou o Rosário por toda a Espanha, Itália e Alemanha. Pregou e difundiu publicamente os Saltérios a ricos, pobres e à gente comum, para que junto ao exercício deste se praticasse a Religião Cristã, se acendesse a piedade, se difundisse a Igreja. E assim conseguiu muitos frutos. Com igual zelo, a sua Ordem utilizou o Saltério em comunidade, recomendou de pregá-lo ao povo, segundo o exemplo e o ensinamento de tão grande Patriarca, e por muito tempo permaneceu na Ordem esta oração de intercessão. Durante muito tempo esta Ordem floresceu em ciência, virtude e milagres. Depois vieram flores maravilhosas, como Alberto Magno, São Vicente e... de que forma enumerar as enumeráveis flores?

São Francisco, Patriarca humildíssimo dos Frades Menores que levou os sinais dos estigmas de Cristo, pregou este Saltério e experimentou coisas nunca vistas antes, sobre si mesmo e sobre a sua Santa Ordem. E deixou à Ordem esta prova de particular devoção. 

Muitíssimos outros santos e santas com zelo recitaram e pregaram três vezes por dia este Saltério e em muitos conventos recitavam a oração do Saltério no lugar das Horas Canônicas.
Vésperas de Domingo 

Completas em Latim

O rito então é antiguíssimo, com grande louvor e honra na Igreja.

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